quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Movimentos involuntários

Os médicos dizem que faz bem caminhar em média 1 hora por dia. Faz bem pro coração e ajuda seu corpo a ficar mais inteiro quando chegar a velhice. Sabe o que eu acho disso, sinceramente? Isso é coisa de quem tem a vida ganha! Eu trabalho de manhã e de tarde, faço curso a noite e só me resta um tempo pra ficar em casa morrendo. O que me resta então? Exercícios forçados! Eu explico: domingo eu não trabalho, logo tenho tempo livre, né? Ern, não. É o único dia que eu tenho pra dar banho no cidão. Tarefa fácil? Quando eu não tenho que sair correndo atrás do cachorro molhado por toda a casa, até que é bem fácil. Mas, e em dias da semana? É pensando em me manter saudável que eu adquiri o fabuloso hábito de dormir no ônibus. O que isso tem a ver? Bem, com ele veio o costume de parar 3, 4 quadras após minha parada. Aí eu volto tudo andando e de quebra vou trabalhar descansado! Quer melhor?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Matraca

Gente, estou o ônibus e sério, tô morrendo de vontade de dormir um pouco. Normalmente funciona assim: sento na cadeira encima da roda, a mais alta e que mais se aproxima da janela, encosto a cabeça no vidro com a janela escancarada, boto uma música calma no celular, apago e só acordo 3, 4, até 6 quadras depois do que eu deveria parar. Normalmente. Hoje é um dia excepcional. No banco da frente tem duas mulheres conversando, e acho que quando elas fecharem a boca(se isso acontecer)o som da voz delas ainda vai ecoar no ambiente por 3 horas. Tento me concentrar na música, no barulho do motor do ônibus, na minha imaginação quase alucinógena, nada. Parece que elas estão conversando dentro da minha cabeça, numa cadeira de jardim tomando chá de maçã (minha imaginação alucinógena ainda não foi desligada). Pra piorar tudo, a moçinha esbelta que estava do meu lado desde o começo da viagem já desceu e no lugar dela está um cara tão gordo que se ele caísse da cama ia cair dos dois lados. Francamente, eu tenho um chamariz pra gordo, velho e doentes mentais no ônibus. Quando que eu vou conseguir que alguém legal sente do meu lado no ônibus? Hehe, só pra melhorar minha sorte, o engarrafamento tá enorme. Vai ser uma longa viagem, e eu tô muito afim de dormir...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Chorar

Nunca fui de chorar. Não enquanto alguém está por perto. Pode ser a pessoa que eu mais confie no mundo, a minha fortaleza em forma de gente, mas não sei se ela vai viver o suficiente pra me ver chorar. Choro com um filme besta, choro com uma música triste, mas sempre só. Não é pra me mostrar forte e inabalável, mas é que me acostumei a ser assim. Na escola, voavam bolas de papel na minha cabeça e era rotina eu ir buscar meu material no lixo, quando não era eu quem estava no lixo. Mas nunca derramei uma gota de lágrima na sala, tinha medo de ser mais zoado. Mas quando estava sozinho em casa, toda a mágoa guardada na escola escapava, e fui me adaptando a isso. Hoje eu não preciso mais disso, mas há certos costumes que por mais nocivos, são difíceis de se largar. Ontem vi a pessoa que mais amo chorar, e senti muita vontade de chorar junto, e tudo que consegui foi uma lágrima tímida que nem foi notada. Enfim, chorar é uma coisa muito íntima minha e por enquanto fica só entre eu e meu cachorro.